ENEIDA: TRAD. CARLOS ALBERTO NUNES: 2ª EDIÇÃO
COD: COD_ITEM8022
Loading...
#Descrição
Uma das maiores epopeias da história da literatura, a Eneida de Virgílio, publicada em 19 a.C., está para o mundo romano como a Ilíada e a Odisseia para o mundo grego - faz o inventário de seus mitos e avança concepções de mundo que iriam perdurar por mais de mil e quinhentos anos. Este volume traz a tradução de Carlos Alberto Nunes, a única realizada em nosso país no século XX, que verteu o original de forma rigorosa e inventiva: preservou as 9.826 linhas do poema e elegeu um verso de dezesseis sílabas para fazer jus à força épica do original. Organizada por João Angelo Oliva Neto, da Universidade de São Paulo, esta edição bilíngue (latim-português) inclui apresentação, notas e resumo das ações dos doze cantos da obra, entre outros aparatos. O resultado é um volume completo no qual o leitor pode acompanhar as múltiplas dimensões da aventura de Eneias. Públio Virgílio Maro (em latim, Publius Vergilius Maro) nasceu nas vizinhanças de Mântua em 70 a.C., de família proprietária de terras. Estudou nas cidades de Cremona, Milão, Roma e, mais tarde, filosofia epicurista em Nápoles na escola de Sirão. Além de três epigramas reconhecidos como obra de juventude, o mantuano é autor das Bucólicas, que retoma os temas pastorais do poeta grego Teócrito (c. 310-250 a.C.); das Geórgicas, que celebra a agricultura e os trabalhos da terra, publicada em 29 a.C.; e da Eneida, “a gesta de Eneias”, de que teria lido excertos ao imperador Otaviano mesmo antes de concluí-la. No ano de 19 a.C., faltando apenas os retoques finais nesse grande poema, Virgílio parte para a Grécia com a intenção de conhecer de perto alguns dos cenários mencionados em sua obra, mas, com a saúde sempre precária, adoece e é levado de volta para Bríndisi, morrendo pouco depois de desembarcar. Carlos Alberto da Costa Nunes nasceu em São Luís do Maranhão, em 1897. Formou-se pela Faculdade de Medicina da Bahia em 1920, exercendo a profissão no interior do estado de São Paulo até que, na década de 1950, transferiu-se para a capital, onde trabalhou como médico-legista. Compôs em decassílabos a epopeia Os Brasileidas (1938), os dramas Moema (1950), Estácio (1971) e Beckmann (1975), e a comédia Adamastor (1972). Do alemão traduziu as tragédias Estela (1949) e Ifigênia em Táuride (1964), de Goethe, e, de Friedrich Hebbel, Giges e o seu Anel, Judite e Os Nibelungos (publicadas num único volume em 1964); do espanhol verteu A Amazônia, do uruguaio Edgardo Ubaldo Genta (1968). Além da Eneida, publicada pela primeira vez em 1981, traduziu ainda o teatro completo de Shakespeare em 21 volumes (1955); a Odisseia (1941) e a Ilíada (após 1945), de Homero; e a íntegra dos Diálogos de Platão, publicados entre 1973 e 1980. Foi membro da Academia Paulista de Letras e faleceu na cidade de Sorocaba, SP, em 1990.